Amadores se divertiram e suaram a camisa no XTerra Ilhabela
quarta-feira, 25 de abril de 2012O fim de semana em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, foi intenso para os participantes da etapa do XTerra na cidade. Logo cedo, às 8h, foi dada a largada da prova de triathlon, que reuniu cerca de 400 atletas. Fábio Moletta e Luzia Bello foram os vencedores da prova que contou com 1,5 quilômetro de natação, 28 de mountain bike e oito de corrida por trilhas.
Mais a noite, as corridas noturnas de nove e 18 quilômetros juntaram muitos outros corredores de lanternas na cabeça para desbravarem a mata de Ilhabela no escuro.
Triathlon – Se os profissionais já consideraram os percursos deste ano do XTerra um dos mais difíceis do circuito, para os amadores não foi diferente. A chuva torrencial da madrugada deixou as trilhas escorregadias e cheias de lama e, em compensação, o mar estava calmo para quem ia nadar.
A descrição que Fábio Venâncio fez da competição de triathlon ecoa na opinião dos outros participantes: “Aqui a criança chora e a mãe não ouve”. Em outras palavras, “o circuito estava muito pesado, se o cara pensar ele não termina a prova”, analisa.
No meio do percurso da natação, os triatletas tiveram que sair do mar, subir até um píer na Praia do Perequê, saltar de novo no mar e continuar nadando até a praia onde estava localizada a área de transição. Apesar de soar um pouco confuso (ou perigoso, já que muitos atletas saltam juntos e correm o risco de machucarem uns aos outros), a proposta foi bem aceita.
“Pular do píer é uma coisa muito legal, emocionante”, diz Fábio. “Na hora dá um frio na barriga, mas é uma delícia”, conta Daniela Campos, que mesmo depois de um pequeno acidente durante o mountain bike, continuou para terminar a corrida.
“Eu cheguei da bike com o braço trincado e o médico imobilizou para eu voltar a correr. Ele achou que eu não deveria ir, mas eu olhei para o tênis, o tênis olhou para mim e eu fui”, diverte-se a persistente triatleta.
As trilhas íngremes do mountain bike são o ponto alto da competição para João Paulo Rodrigues. “A prova é ‘casca grossa’, é uma prova máxima do triathlon XTerra”, elogia.
Para ele, a diversidade é o que o motiva a continuar participando das etapas no Brasil. “Não basta ser só um corredor de pista, tem que ter habilidade, que muda do triathlon convencional”. Mesmo com os desafios, a prova lhe parece menos trágica. “É diversão pura”.
Corridas noturnas – A ansiedade na largada das corridas noturnas parecia óbvia frente ao que os atletas iriam enfrentar no escuro. A chuva apertou no começo da noite e contribuiu mais ainda para que as trilhas ficassem cheias de lama, “do jeito que a gente gosta”.
Os percursos de nove e 18 quilômetros estavam bem sinalizados, na opinião dos corredores. A dificuldade mesmo foi se equilibrar. “Desliza muito, tem que tomar um pouco de cuidado”, orienta Marcos Pereira.
Em compensação, atletas acostumados com corridas de montanha, como Ângela Mendoza, se dão bem na técnica para continuar correndo. “Como eu estou mais acostumada com terra do que com rua, eu caio se me colocar na rua”, brinca. “Eu participo de vários eventos de montanha e o XTerra é o melhor”, diz.
Fonte: WebRun